ATA DA DÉCIMA QUINTA REUNIÃO
ORDINÁRIA DA SEGUNDA COMISSÃO REPRESENTATIVA DA DÉCIMA QUARTA LEGISLATURA, EM
19-7-2006.
Aos dezenove dias do mês de julho do ano de dois mil e seis,
reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Comissão Representativa
da Câmara Municipal de Porto Alegre. Às nove horas e quarenta e cinco minutos,
foi realizada a segunda chamada, respondida pelos Vereadores Bernardino
Vendruscolo, Dr. Goulart, Elias Vidal, Ervino Besson, João Antonio Dib, Luiz
Braz e Raul Carrion, Titulares, e Elói Guimarães e Neuza Canabarro,
Não-Titulares. Constatada a existência de quórum, o Senhor Presidente declarou
abertos os trabalhos. Ainda, durante a Reunião, compareceram os Vereadores
Aldacir Oliboni, Carlos Comassetto, Haroldo de Souza, Mario Fraga e Maristela
Maffei, Titulares. À MESA, foram encaminhados, pela Comissão de Defesa do
Consumidor, Direitos Humanos e Segurança Urbana, os Pedidos de Informação nos
166, 167 e 168/06 (Processos nos 3703, 3704 e 3705/06,
respectivamente); pelo Vereador Adeli Sell, os Pedidos de Providência nos
1480, 1481, 1502, 1503, 1518, 1519, 1520, 1521, 1528, 1529, 1530, 1531, 1532 e
1533/06 (Processos nos 3767, 3768, 3832, 3833, 3895, 3896, 3897,
3898, 3825, 3926, 3927, 3928, 3929 e 3930/06, respectivamente), os Pedidos de
Informação nos 169, 170, 171, 172, 173, 174 e 179/06 (Processos nos
3758, 3759, 3760, 3761, 3762, 3763 e 3924/06, respectivamente) e a Indicação nº
031/06 (Processo nº 3679/06); pelo Vereador Alceu Brasinha, os Pedidos de
Providência nos 1497, 1498, 1499 e 1527/06 (Processos nos
3810, 3811, 3812 e 3919/06, respectivamente); pelo Vereador Bernardino
Vendruscolo, os Pedidos de Providência nos 1475, 1500 e 1501/06
(Processos nos 3712, 3813 e 3814/06, respectivamente); pelo Vereador
Cassiá Carpes, os Pedidos de Providência nos 1479 e 1494/06 (Processos
nos 3747 e 3785/06, respectivamente); pelo Vereador Carlos
Todeschini, o Pedido de Providência nº 1515/06 (Processo nº 3886/06); pelo
Vereador Claudio Sebenelo, o Pedido de Informação nº 175/06 (Processo nº
3765/06); pelo Vereador Dr. Goulart, o Pedido de Providência nº 1337/06
(Processo nº 3263/06); pelo Vereador Ervino Besson, o Pedido de Providência nº
1485/06 (Processo nº 3772/06); pelo Vereador João Antonio Dib, os Pedidos de
Providência nos 1474, 1486 e 1523/06 (Processos nos 3706,
3774 e 3900/06, respectivamente); pelo Vereador João Carlos Nedel, os Pedidos
de Providência nos 1476, 1477, 1478, 1487, 1488, 1489, 1490, 1491,
1492, 1493, 1509, 1510, 1511, 1512, 1513, 1514, 1516, 1517, 1522, 1534, 1535,
1536, 1537, 1538, 1539, 1540, 1541 e 1542/06 (Processos nos 3713,
3744, 3746, 3775, 3776, 3777, 3778, 3779, 3780, 3781, 3880, 3881, 3882, 3883,
3884, 3885, 3893, 3894, 3899, 3934, 3943, 3944, 3945, 3946, 3947, 3948, 3949 e
3950/06, respectivamente) e a Indicação nº 032/06 (Processo nº 3873/06); pela
Vereadora Margarete Moraes, o Pedido de Informação nº 177/06 (Processo nº
3874/06); pela Vereadora Maristela Maffei, os Pedidos de Providência nos
1496 e 1526/06 (Processos nos 3801 e 3917/06, respectivamente); pela
Vereadora Mônica Leal, o Pedido de Informação nº 165/06 (Processo nº 3687/06);
pela Vereadora Neuza Canabarro, o Pedido de Providência nº 1495/06 (Processo nº
3786/06); pelo Vereador Professor Garcia, os Pedidos de Providência nos
1482, 1483 e 1484/06 (Processos nos 3769, 3770 e 3771/06,
respectivamente) e o Pedido de Informação nº 176/06 (Processo nº 3859/06); pelo
Vereador Raul Carrion, os Pedidos de Providência nos 1524, 1525 e
1543/06 (Processos nos 3901, 3902 e 3976/06, respectivamente) e o
Pedido de Informação nº 178/06 (Processo nº 3906/06); pelo Vereador Sebastião
Melo, os Pedidos de Providência nos 1504, 1505, 1506, 1507 e 1508/06
(Processos nos 3875, 3876, 3877, 3878 e 3879/06, respectivamente).
Também, foram apregoados os Ofícios nos 622 e 625/06, de autoria do
Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre, encaminhando Vetos Parciais,
respectivamente, ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 001/06
(Processo nº 2891/06) e ao Projeto de Lei do Executivo nº 028/05 (Processo nº
6360/05). Do EXPEDIENTE, constaram os Ofícios nos 488, 489, 492, 494
e 525/06, do Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre. Na ocasião, em face da
inexistência de quórum deliberativo, deixaram de ser votadas as Atas da Sexta,
Oitava e Nona Reuniões Ordinárias e da Primeira Reunião Extraordinária e as
Atas Declaratórias da Sétima, Décima, Décima Primeira, Décima Segunda, Décima
Terceira e Décima Quarta Reuniões Ordinárias. Após, por solicitação do Vereador
Raul Carrion, foi realizado um minuto de silêncio em homenagem póstuma ao jovem
Basel Termos, vítima do bombardeio israelense ocorrido ontem na localidade de
Tallousa, no sul do Líbano. Ainda, em face de manifestação do Vereador Raul
Carrion, o Senhor Presidente esclareceu que, conforme deliberado pelo Colégio
de Líderes, durante o recesso parlamentar, seria alterado de dez para cinco
minutos o tempo de pronunciamento dos Senhores Vereadores no período de
Comunicações. Em COMUNICAÇÕES, o Vereador Raul Carrion expôs sua preocupação
com os bombardeios que vêm sendo efetuados por Israel contra o Líbano e
comentou lista de suspeitos divulgada, hoje, pela Comissão de Inquérito do
Congresso Federal que investiga o envolvimento de parlamentares em fraudes na
compra de ambulâncias por prefeituras brasileiras. Ainda, abordou o Projeto de
Lei Complementar do Legislativo nº 012/06, referente à individualização de
hidrômetros em imóveis multifamiliares. O Vereador João Antonio Dib registrou
que no dia dezessete de junho do corrente a Secretaria de Mobilidade Urbana
comemorou o transcurso do qüinquagésimo aniversário dessa instituição,
inicialmente denominada Secretaria Municipal de Transportes. Nesse sentido,
citou já ter assumido, por duas vezes, o cargo de Secretário nessa área e
solicitou providências para que seja instalada sinaleira no cruzamento da
Avenida Cristóvão Colombo com a Rua Germano Petersen Júnior. O Vereador Ervino
Besson aludiu à aprovação, por este Legislativo, do Projeto de Lei Complementar
do Executivo nº 001/06, que dispõe sobre a expedição da autorização para
funcionamento de atividades econômicas, avaliando a importância desse projeto
para os pequenos e médios comerciantes do Município. Da mesma forma, elogiou
parceria do Governo Municipal com hospitais da Cidade, para a realização de mutirão
objetivando o acesso dos porto-alegrenses a consultas especializadas na área
médica. O Vereador Elias Vidal manifestou-se acerca do “Pacto pelo Rio Grande”,
firmado entre diferentes setores da sociedade gaúcha, para construção de
agenda de ações voltadas ao enfrentamento dos problemas
econômicos observados no Estado. Também, contestou declarações sobre o tema,
efetuadas pelo Desembargador Marco Antonio Barbosa Leal, divulgadas hoje pelo
Jornal Zero Hora, e asseverou que a saída da crise passa pela atuação conjunta
dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário. O Vereador Carlos Comassetto
discorreu sobre o sistema público de saúde, afirmando que os serviços estaduais
e municipais oferecidos aos porto-alegrenses nesse setor não correspondem às
promessas efetuadas pelo Prefeito José Fogaça quando candidato nas eleições
ocorridas no ano de dois mil e quatro. Igualmente, defendeu uma ampliação do
Programa de Saúde da Família e propugnou por maior empenho para que seja
agilizado o processo de construção do Hospital do Bairro Restinga. O Vereador
Bernardino Vendruscolo teceu críticas ao Programa de Orçamento Participativo
implantando pelo Partido dos Trabalhadores quando à frente do Governo
Municipal, questionando a validade de empreendimentos aprovados por esse Programa,
como o asfaltamento parcial do Beco Carlos Superti. Além disso, saudou a
aprovação do Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 001/06 e comentou
diretrizes para instalação de sinaleiras nas vias de Porto Alegre. O Vereador
Mario Fraga reportou-se ao pronunciamento hoje efetuado pelo Vereador Carlos
Comassetto, em Comunicações, acerca dos serviços públicos de saúde a que tem acesso
os porto-alegrense, citando melhorias no setor, implementadas pela administração
do Prefeito José Fogaça, e traçando comparativo entre as gestões dos Governos
Federal e Municipal nessa área. Finalizando, relatou problemas enfrentados pelos
usuários do transporte coletivo residentes na Zona Sul de Porto Alegre. Em
COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador João Antonio Dib aludiu ao Requerimento
entregue por Sua Excelência à Mesa no dia trinta e um de maio do corrente, para
estudo, pela Comissão de Constituição e Justiça, da legalidade do Decreto Municipal
nº 15.194/06, informando que documento similar será encaminhado pela Comissão
de Economia, Finanças, Orçamento e do MERCOSUL. Ainda, avaliou políticas
salariais para os municipários, implementadas em Porto Alegre no atual Governo
e quando da gestão do Partido dos Trabalhadores na direção da Cidade. Na
oportunidade, o Senhor Presidente determinou à Diretoria Legislativa que tomasse
as providências para encaminhamento, à Comissão de Constituição e Justiça, do documento
mencionado pelo Vereador João Antonio Dib, de autoria da Comissão de Economia,
Finanças, Orçamento e do MERCOSUL. Em COMUNICAÇÕES, o Vereador Elói Guimarães
registrou o transcurso do qüinquagésimo aniversário da Secretaria Municipal dos
Transportes, salientando a relevância para Porto Alegre das atividades
desenvolvidas por esse órgão. Além disso, parabenizou a edição, pelo Senhor
Prefeito Municipal, dos Decretos Municipais nos 15.254 e 15.255, que
estabelecem normas para pagamento prévio de táxis, sustentando que essa
modificação é benéfica para os condutores desses veículos. Em COMUNICAÇÃO DE
LÍDER, o Vereador Ervino Besson enalteceu a qualidade do trabalho desenvolvido
pela TV Câmara na cobertura jornalística de acontecimentos relacionados às
atividades deste Legislativo, destacando o programa “Câmara na Cidade” como um
expoente da excelência dessa transmissora. Também, mencionou espetáculo
realizado pelo conjunto Tchê Barbaridade no Anfiteatro Pôr-do-Sol, no dia
primeiro de julho do corrente, frisando o grande público presente nesse evento.
O Vereador Carlos Comassetto referiu-se a ato de protesto que está sendo
realizado em frente à Prefeitura Municipal, por moradores da Avenida Eduardo
Prado, e cobrou a solução dos problemas de assentamento de famílias nessa
região. Ainda, criticou a atuação do Governo Estadual na área de saúde pública,
alegando que os recursos repassados a Porto Alegre nessa área são menores do
que o devido. Finalizando, aprovou o combate do Governo Federal ao desvio
irregular de verbas públicas. Em COMUNICAÇÕES, a Vereadora Neuza Canabarro
posicionou-se contrariamente à criação de um pacto pela recuperação econômica e
estrutural do Governo Estadual, argumentando que as dificuldades que o Rio
Grande do Sul enfrenta resultam do despreparo e da falta de ação do Senhor
Germano Rigotto, Governador do Estado. Nesse contexto, sustentou que essa
medida agrediria a autonomia entre os Poderes Públicos e restringiria ações a serem
realizadas pelo próximo Governador. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Raul
Carrion reportou-se à questão do transporte coletivo no Brasil e aos aumentos
das tarifas desses serviços prestados à população, referindo-se à possibilidade
de barateamento de dez por cento nas passagens de ônibus, a partir de um subsídio
que seria concedido por Municípios, Estado e União. Ainda, discutiu o crescimento
na oferta de empregos no País e registrou a vitória de representantes comunistas
nas eleições do Sindicato dos Metalúrgicos de Volta Redonda e no Sindicato da
indústria têxtil de Blumenau e Região. O Vereador Elói Guimarães teceu considerações
a respeito da observância dos ditames legais no concernente aos discursos
proferidos neste Legislativo, tendo em vista a proximidade das eleições de
outubro do corrente e as limitações impostas pelos Tribunais Eleitorais nesse
sentido. Também, lembrou entendimentos havidos nesta Casa, com o propósito de
regrar esse procedimento por parte dos Senhores Vereadores, de modo a evitar
penalidades e transtornos futuros. Na ocasião, o Senhor Presidente registrou a
presença do Senhor Anoir de Fraga Souza, ex-Diretor da Sociedade Esportiva
Cachoeirinha. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Bernardino Vendruscolo
replicou críticas ao Governo do Estado, especialmente no que se refere ao
Projeto de mobilização para a construção de uma agenda mínima de ações e
soluções para o enfrentamento da crise estrutural do Rio Grande do Sul, conhecida
como Pacto pelo Rio Grande. Ainda, abordou as denúncias de irregularidades
contra parlamentares do Congresso Nacional, na liberação de recursos para a
compra de ambulâncias. Às onze horas e vinte e três minutos, constatada a
inexistência de quórum, o Senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos,
convocando os Senhores Vereadores Titulares para a Reunião Ordinária de amanhã,
à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelos Vereadores Dr. Goulart,
Luiz Braz e Mario Fraga, este nos termos do
artigo 27, parágrafo único, do Regimento, e secretariados pelos Vereadores
Elias Vidal e Haroldo de Souza. Do que eu, Haroldo de Souza, 1º Secretário,
determinei fosse lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada por mim e pelo Senhor Presidente.
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Havendo
quórum, iniciaremos as nossas manifestações, e vou pedir que o Ver. Luiz Braz,
em seguida, me substitua, porque temos que receber visitas no gabinete.
O
SR. RAUL CARRION (Requerimento): Exmo Presidente, Ver. Dr. Goulart, eu queria que esta Casa
fizesse um minuto de silêncio pela morte do jovem Basel Termos, de oito anos,
brasileiro, assassinado no Líbano, diante da ofensiva israelense, ao qual se
somam, ao todo, seis brasileiros mortos no Líbano, uma agressão que o mundo não
entende, não compreende, conflito que a própria ONU está tentando mediar. Creio
que são oito brasileiros mortos, os quais merecem a nossa homenagem.
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Acatado
o seu pedido. Solicito ao nosso Plenário que renda a homenagem por um minuto.
(Faz-se
um minuto de silêncio.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Ver.
Raul Carrion, nenhuma ação que resulte na morte de um ser humano pode ter
explicação neste Planeta.
Passamos
às
O Ver. Raul Carrion está com a palavra em Comunicações. O Vereador terá dez
minutos e poderá oferecer apartes.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB: Proponho
cinco minutos, Sr. Presidente.
O
SR. RAUL CARRION: A proposta
que o Ver. João Antonio Dib faz, Presidente, e nós a temos adotado, como sou o
primeiro a falar na Comissão Representativa, é de que o tempo de cada Vereador,
durante o período de recesso, seja de cinco minutos. Isso possibilitaria que
todos falassem, inclusive os Vereadores que não são da Comissão Representativa;
eu acho que é tempo suficiente.
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart):
É verdade. Agora, chega-me aqui a informação, por meio do Ver. João Dib, desse
acordo, que eu desconhecia. Regimentalmente seriam dez minutos; por acordo,
serão cinco, para dar mais tempo a todos.
O
SR. RAUL CARRION: Sendo o
primeiro, tenho o direito de propor isso, porque ninguém será prejudicado.
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart):
Que pena, porque seria um prazer ouvi-lo por dez minutos.
O
SR. RAUL CARRION: Em
primeiro lugar, eu queria dizer da minha satisfação de ser, Ver. Bernardino, o
primeiro Vereador desta Casa, neste recesso, a usar da palavra.
Em
continuação ao nosso pedido de um minuto de silêncio, trago a nossa profunda
preocupação, inclusive indignação, Ver. Dib, pelo que está acontecendo no
Oriente Médio, o que nos faz lembrar dos tempos do nazi-fascismo, quando os
resistentes, na França e na Itália, enfrentavam as tropas de ocupação. Para
cada alemão morto, para cada italiano morto, as tropas de ocupação reuniam em
praça pública a população, tomavam dez, vinte civis ao acaso e os fuzilavam
como forma de tentar impedir a resistência daqueles povos.
Hoje
o Estado de Israel - e não confundo com o povo de Israel, que certamente não
compartilha essa opinião - agride, ataca civis indefesos; tem bombardeado a
capital do Líbano, bombardeado o aeroporto, bombardeado escolas, hospitais e
infra-estrutura para vingar um soldado israelense que foi seqüestrado por
forças palestinas. Isso é inadmissível, é um crime contra humanidade! E o
próprio Conselho de Segurança da ONU votou, praticamente por unanimidade, uma
resolução contrária a isso. Infelizmente, o veto dos Estados Unidos - outro
país sanguinário, agressivo, que vem massacrando no Iraque, vem massacrando no
Afeganistão - impediu. Então, é muito lamentável, e nós temos a chorar pelos
oito brasileiros. Uma criança de quatro anos no dia de ontem, sofrendo isso...!
Esperamos que o mundo saia dessa omissão, porque é por esse caminho que
começaram os conflitos da 2ª Guerra Mundial, com a agressividade do
nazi-fascismo hitleriano.
Em
segundo lugar, nós gostaríamos também de registrar a nossa preocupação, a nossa
indignação sobre - saiu no dia de hoje na imprensa - a lista dos 57
parlamentares investigados na chamada CPI das Sanguessugas. Não vou entrar na
questão dos Partidos, porque estamos num período em que essas questões devem
ser evitadas, mas são citados membros, Ver. Bernardino, de 10 dos 17 Partidos
com representação. E o próprio Rio Grande do Sul, Ver. Elias Vidal, que, dentro
desses problemas - que não são de hoje, não vamos ser hipócritas, são antigos
-, tinha tido uma certa preservação, apresenta hoje nomes que não são ainda
evidentemente condenados, não são ainda decididos, mas já estão sendo
investigados. Isso é lamentável, esperamos que nesse processo o povo brasileiro
separe o joio do trigo, porque não é verdade que todos os políticos são
corruptos, Ver. Vidal, que todos são pessoas sem caráter, nós acreditamos na
política com “p” maiúsculo, temos homens e mulheres que, no nosso Estado e no
nosso Brasil, honram e honraram a política.
Por
fim quero fazer uma rápida referência - talvez na Liderança voltemos a falar -
a um Projeto que ingressou nesta Casa, já está inclusive na Pauta. Tenho tido
inúmeros contatos sobre este problema. O Projeto é sobre a necessidade da
individualização dos hidrômetros nos imóveis multifamiliares, é um problema
muito sentido principalmente pela população mais pobre, mais humilde, porque,
muitas vezes, o justo paga pelo desonesto. Por exemplo: num edifício, três
pessoas pagam, cinco não pagam, e a água é cortada para todos. Então, é preciso
encontrar uma saída, existem soluções técnicas, nós temos dialogado com todos
os setores. Que esta Casa ajude a construir um Projeto que enfrente esse
problema, que permita mais justiça social, na medida em que cada um terá que
pagar a sua conta: quem gasta mais vai pagar mais, quem gasta menos vai pagar
menos, e isso reflete em um consumo menor de água, que é um bem finito. Muito
obrigado, agradeço a paciência, pois passei alguns segundos.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): O
Ver. João Antonio Dib está com a palavra em Comunicações.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr.
Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, na segunda-feira a
Secretaria Municipal de Transportes festejava o 50º aniversário da sua criação.
Vários ex-Secretários foram convidados e lá estavam às 17 horas, pontualmente,
como solicitava o Sr. Secretário, que hoje é o Secretário da Mobilidade Urbana,
congrega a SMT e a EPTC.
Eu
não vi - e acredito que não tenha sido convidado - uma figura que acho
extraordinária, que é o Dr. Henrique Henkin, ele foi Secretário por um
mês, mais ou menos, mas foi Secretário, imagino que ele não tenha sido
convidado, porque, quando a Câmara o convida para alguma solenidade, ele está
sempre presente. Eu imagino que não tenha sido convidado. E também não vi
nenhum dos ex-Secretários do Partido dos Trabalhadores, nenhum deles. Não sei
se foram convidados, imagino que tenham sido, porque o Secretário parece ser
uma pessoa muito educada, muito correta. Acho que, por alguma coisa, os
ex-Secretários do PT fizeram forfait.
Mas, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, eu também tive a honra de ser Secretário dos Transportes por duas vezes: na Administração Loureiro da Silva e na Administração Guilherme Socias Villela. Fui assistente técnico da Secretaria várias vezes, com diferentes Secretários: com Glênio Peres; com Landell de Moura; com Pedro Tasis Gonzáles, o primeiro dos Secretários; com Ari Sanhudo e Nei Silveira da Rosa.
Quando
a Secretaria foi criada, fui chamado para compor os quadros da Secretaria
poucos dias depois da sua criação, em 1º de setembro de 1956, quando assumi a
Diretoria de Planejamento e Fiscalização. Depois, em abril de 1957, foi
reformulado o quadro e criada a figura de assistente técnico, e eu fui o
primeiro assistente técnico da Secretaria Municipal de Transportes. Por muito
tempo exerci essa função e com muita satisfação, uma coisa que me agradava
profundamente era lidar com os problemas do transporte coletivo de Porto
Alegre. Percebam que eu disse transporte coletivo e não transporte público,
porque na época em que assumi a Diretoria de Planejamento e Fiscalização,
depois de Assistência Técnica... A Secretaria Municipal de Transportes só tinha
sob a sua responsabilidade o transporte coletivo de ônibus e alguns lotações,
que não eram semelhantes aos serviços de lotações de que a Cidade dispõe hoje.
Posteriormente, a Secretaria assumiu os serviços de táxis; dos táxis, vieram os
serviços de lotações, e agora também há a responsabilidade sobre o trânsito da
Cidade.
Eu
olho sempre com muita satisfação a Secretaria Municipal de Transportes, e podem
mudar o nome, porque eu acho que grande parte da população da minha geração e
outras que me seguiram vão dizer “Secretaria Municipal de Transporte”, que hoje
é responsável pelo transporte público, são os táxis, lotações, ônibus, ônibus
de diferentes fabricações, inclusive ônibus para deficientes físicos, que fazem
o transporte de pessoas com cadeira de rodas.
Mas
eu nunca vou entender uma coisa, Sr. Presidente: na Rua 24 de Outubro com a Rua
Cândido Silveira há uma sinaleira; na Rua 24 de Outubro com a Av. Mariland,
pouco adiante, há outra sinaleira; na Rua 24 de Outubro com a Rua Cel. Lucas de
Oliveira há outra sinaleira e, na Rua Cel. Bordini, mais uma. Em um trecho de
300 metros a 400 metros há quatro sinaleiras, eu não vou entender nunca o
motivo. Eu não pedi para Secretaria de Mobilidade Urbana, portanto não tenho
nenhuma queixa da Secretaria atual, mas antes eu pedi, várias vezes, uma
sinaleira na Av. Cristóvão Colombo com a Rua Germano Petersen Júnior, que é um
cruzamento. Os outros lugares que citei, com exceção da Rua Cel. Bordini e da
Av. Mariland, não são cruzamentos, mas esse da Av. Cristóvão é um cruzamento
perigoso, os automóveis que vêm pela Av. Cristóvão Colombo trafegam em alta
velocidade, porque sobem uma rampa e não têm visão, e, com muita freqüência, há
acidentes com danos materiais, felizmente nenhum caso de danos físicos mais
grave, mas uma sinaleira ali cabia muito bem. E uma quadra adiante há uma
sinaleira que, até hoje, não entendi por que foi ali colocada. Saúde e PAZ!
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): O
Ver. Ervino Besson está com a palavra em Comunicações.
O
SR. ERVINO BESSON: Meu caro
Presidente, Ver. Luiz Braz; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras,
senhoras e senhores que nos acompanham pelo Canal 16 da TVCâmara, que queria
saudar a todos.
Quero
falar hoje sobre dois assuntos de extrema importância para a Cidade de Porto
Alegre. O primeiro deles é sobre a lei que aprovamos nesta Casa, estávamos
juntos no dia em que foi promulgada pelo Prefeito Municipal, Dr. José Fogaça, a
Lei dos Alvarás Provisórios. Eu digo que é um Projeto de extrema importância
porque começa a aliviar o sofrimento de grande parte dos nossos pequenos e
médios comerciantes da cidade de Porto Alegre. Meu caro Ver. Bernardino
Vendruscolo, durante o período de um ano do Alvará Provisório, as pessoas terão
condições de regularizar o seu imóvel, juntamente com pequeno comércio.
Portanto
foi uma vitória da Casa, foi uma vitória da cidade de Porto Alegre. Foi um
grande ato, Ver. João Antonio Dib, do Prefeito Municipal, porque já existia o
Alvará Provisório, mas ele foi cassado pela Justiça, e o Prefeito,
competentemente, com a sua equipe, mandou o Projeto a esta Casa, nós aprovamos,
e ele foi sancionado pelo Prefeito. É o início de uma caminhada na cidade de
Porto Alegre, outra nós teremos mais pela frente. Primeiro temos a
regularização dos nossos pequenos comerciantes e, depois, a regularização de
quase cem mil imóveis irregulares que nós temos na cidade de Porto Alegre. É
mais um desafio que nós temos pela frente.
Outro
acontecimento de extrema importância... Estivemos lá também, no dia em que o
Prefeito, juntamente com a Secretaria de Saúde do Estado, do Município e de
diversos hospitais, fez uma parceria das consultas especializadas. Conforme os
dados revelados, mais de 88 mil consultas especializadas estão em atraso,
algumas passam de cinco anos. Em função dessa parceria - do Prefeito,
hospitais, Secretaria da Saúde do Estado e do Município e da iniciativa privada
-, desse acordo, pela previsão de 90 dias, 60 mil dessas pessoas foram
atendidas. Que bela notícia! Pelo menos é um caminho para aliviar o sofrimento
de milhares de pessoas que esperam por uma consulta por quatro, cinco anos numa
fila. É mais uma vitória para a cidade de Porto Alegre.
Faço
este pronunciamento com o espírito aliviado, porque estamos ajudando um
segmento da sociedade - pequenos e médios comerciantes -, para que eles
regularizem seus problemas, e estamos amenizando o sofrimento das pessoas que
esperam pelas consultas.
Parabéns
ao nosso querido Prefeito José Fogaça pela iniciativa; parabéns à sua equipe,
aos seus Secretários, às Secretarias por essa parceria; aos hospitais, à
iniciativa privada, que se envolveram, sentiram, sensibilizaram-se com a
situação. Hoje ninguém consegue nada sozinho. E essa parceria trará um grande
benefício, uma grande ajuda ao povo da nossa cidade de Porto Alegre. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): O Ver. Elias Vidal está com a palavra em
Comunicações.
O SR. ELIAS VIDAL: Sr. Presidente, Ver. Luiz Braz; Srs.
Vereadores, Sras Vereadoras, público que nos assiste pelo Canal 16 da
Net, venho a esta tribuna para fazer algumas considerações a respeito do
Judiciário, em relação ao Pacto pelo Rio Grande.
Ao ler os noticiários, chamou-me a atenção algumas
declarações do Desembargador Marco Antonio Barbosa Leal. Na página 10 do jornal
Zero Hora, ele diz: “‘Trincou-se o cristal’ - define em tom diplomático o
Procurador Geral da Justiça Roberto Bandeira Pereira”. E aí utiliza uma
expressão: “Fizeram uma molecagem conosco”. Diz em seu estilo direto o
Presidente do Tribunal de Justiça, o Desembargador Marco Antonio Barbosa Leal:
“Fizeram uma molecagem.”
Numa outra página do jornal Zero Hora, anotei aqui algumas coisas que julgo importante. Diz o mesmo Procurador: “Leal acusou o coordenador técnico do Pacto, Cézar Busatto, PPS, de ter costurado um pacto sem ‘um ajuste de vontades’”. E depois: “Como Busatto chorou logo depois de consumar o Pacto, Leal comparou as lágrimas do parlamentar ao caso da jovem paulista Suzane Von Richthofen, acusada de ter assassinado os pais em 2002. ‘Este mesmo choro que vi também na televisão’” - o de Busatto – “‘vi de uma moça que juntamente com o namorado matou os pais. Ela chorava no velório. Talvez este Deputado chore comemorando as exéquias do Judiciário’”. Com todo o respeito, este Vereador vem à tribuna para dizer que essas palavras, essas frases, essas declarações não ajudam o Rio Grande.
Eu tenho dito que a solução do problema social - não só do Rio Grande do Sul, mas do Brasil,
do mundo - é a boa vontade de todas as forças e lideranças. Esse é o meu
parecer. Existe muita defesa, Ver. Vendruscolo, por si ou por sua classe, que
tem o seu grau de direito, mas também existe um ponto de equilíbrio em tudo
isso. É o meu ponto de vista. Penso que aí entra muito o egoísmo humano. Se o
Rio Grande do Sul está numa linha de se tornar ingovernável, de entrarem em
colapso todos os setores - a Segurança, a Educação, a Saúde -, eu acho que
precisamos da boa vontade de todos, não só do Judiciário, do Legislativo, do
Executivo; precisamos ajuda de todas as partes. A gente lê diariamente nos
jornais e assiste na televisão sobre a decadência em todos os aspectos, sobre
tudo aquilo que permeia a sustentabilidade do ser humano, da vida. A coisa está
indo por água abaixo, está indo pelo ralo. Nós percebemos que pessoas estão
morrendo, a sociedade está entrando num processo de entropia, ela vai do melhor
para o pior, em todos os aspectos, em tudo.
Então,
é necessário um pacto. Vem um Pacto como esse pelo Rio Grande, e, aí, vem uma
declaração dessas, de quem deveríamos receber um outro tipo de apoio? Leal
disse que as lágrimas de Busatto - que vê o seu Estado, a sua terra, com
lágrimas de alegria, vê luz no fundo do túnel - são lágrimas iguais às de uma
assassina que matou friamente, que calculou o assassinato dos seus próprios
pais. Eu acho que ele não foi feliz na declaração, acho que isso não ajuda o
Rio Grande do Sul. De certa forma, há uma certa leviandade nesse tipo de
expressão. Isso não ajuda a sociedade, por ninguém isso deve ser dito.
Estamos
num momento de muita reflexão, num momento de muito sacrifício. Os Poderes
precisam ser “sangrados na artéria”, porque do jeito que está indo...tudo está
indo de mal a pior. A Segurança está na situação que está, o Judiciário com
essa morosidade, estamos vendo essa rebelião que está acontecendo lá em São
Paulo se alastrando pelo Brasil afora, e ela vai chegar a todos os lugares. É
como as drogas; as drogas vão-se proliferando, vão-se enraizando, trazendo o
seu efeito dominó do mal, da maldade.
Então,
eu penso que o Judiciário precisa dar a sua cota de contribuição, assim como o
Legislativo e o Executivo. Esse é o parecer deste Vereador. Por parte do
Judiciário, esse tipo de declaração não foi nem um pouco feliz, os Poderes
entre si devem se respeitar melhor. O Judiciário não dá um bom exemplo nesse
aspecto, nesse tipo de declaração. É o parecer deste Vereador. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Luiz Braz):
O Ver. Carlos Comassetto está com a palavra em Comunicações.
O
SR. CARLOS COMASSETTO: Sr.
Presidente, Ver. Luiz Braz; colegas Vereadores, colegas Vereadoras, público que
nos assiste, quero aqui discorrer sobre o tema da Saúde, a Saúde no Município
de Porto Alegre, a Saúde referente à política do Estado, à política nacional,
às suas relações, aos projetos e aos movimentos que temos constituído e temos
buscado desenvolver.
Primeiro,
eu quero fazer aqui um registro de que a Saúde em Porto Alegre, Ver. Mario
Fraga, como um todo não melhorou em nada, sob o ponto de vista daquilo que foi
propagado na transição do Governo e mesmo no processo de disputa eleitoral, que
foi disputado, quando a Frente Popular não foi guindada novamente ao Governo. E
uma das grandes críticas que recebi era de que a Saúde não estava bem, de que
iria melhorar. Não melhorou, e quem constata isso não sou eu, é a população de
Porto Alegre. Nós temos ainda hoje inúmeros postos de saúde fechados. Bom, é
óbvio que o Município sozinho não resolve esse problema.
O
Sr. Ervino Besson: V. Exª
permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Comassetto, V. Exª sabe que
tenho um respeito muito grande por Vossa Excelência. E esse mutirão das
cirurgias resolveu o problema de muita gente, assim como - e há pouco eu disse
isso na tribuna - essa parceria com os hospitais para as consultas
especializadas. Convenhamos, Vereador, acho que essas medidas foram de grande
ajuda para a população.
O
SR. CARLOS COMASSETTO: Não
tenho dúvida nenhuma.
Os
mutirões da Saúde, que integram um programa do Governo Federal desenvolvido com
os Municípios, resolvem as questões pontuais, mas não resolvem a questão mais
de fundo, a questão de conteúdo da Saúde.
Dito
isso, Ver. Ervino, o problema é a ampliação dos Postos de Saúde da Família, que
não avançaram. Nas regiões da Restinga e do Extremo Sul ficou o projeto pronto
para a instalação de 16 Postos de Saúde da Família, e nem um Posto de Saúde da
Família foi feito até então. É um convênio com o Hospital Moinhos de Vento,
basta o Município dizer quais são e onde estão as áreas para serem instalados
os Postos de Saúde da Família. Não foi feito!
Junto
com isso, há o projeto arquitetônico do Hospital da Restinga, que ficou pronto
- Ver. Ervino, V. Exª, que é da base do Governo, e o PTB, que aqui está, Ver.
Elói, teve a administração da SMOV nesse um ano e meio e continua tendo -, mas
está parado na SMOV desde o dia 1º de janeiro de 2005. E esse projeto
construído pelo Hospital Moinhos de Vento nós precisamos analisar, aprovar,
verificar. Temos que fazer esses projetos andarem.
Nos
últimos 15 dias, mais precisamente no dia 5 deste mês, foi realizada uma
Audiência Pública na Assembléia Legislativa do Estado sobre o Hospital da
Restinga, estiverem presentes todas as partes. Finalmente, o Município passa a
dizer - e através do Sr. Prefeito Municipal - que o Hospital da Restinga é
importante. Porque, até então, o projeto do Hospital Restinga estava
engavetado. E a pessoa que coordenava lá na Secretaria da Saúde, o Sr. Raul
Martins, caiu, inclusive por não concordar com a aplicação e o avanço dos temas
da Saúde.
Nós
queremos o movimento concreto. Lá na Restinga está o terreno definido, a
comunidade está mobilizada, tem um poste com uma bandeira cravada: “Hospital da
Restinga já”. Toda a comunidade de Porto Alegre e do Rio Grande do Sul,
inclusive o Hospital Moinhos de Vento, quer que esse projeto vá em frente. E por que não
vai? Sob o nosso ponto de vista, primeiro faltou vontade política e, segundo,
capacidade administrativa para gerenciar o tema.
Portanto, Sr. Presidente, para concluir, este é um
tema recorrente dos nossos problemas, e, quanto à Saúde, também o Governo do
Estado, Ver. Bernardino Vendruscolo, tem que passar um bilhão de reais que deve
ao Estado do Rio Grande do Sul, constitucionalmente, valor que não repassou e
não repassa. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): O Ver. Bernardino
Vendruscolo está com a palavra em Comunicações.
O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Sr. Presidente,
Ver. Luiz Braz; demais Vereadores, o Ver. Comassetto fala dos demais Partidos e
dos demais Governos como se o Governo dele, o PT, o Governo Lula, fosse uma
maravilha do outro mundo. Mas tudo bem!
Um exemplo, Ver. João Antonio Dib, da problemática
do Orçamento Participativo está ocorrendo na Rua Carlos Supertti, na Vila Nova.
Essa rua não chega a ter 300 metros de comprimento. E o que estão fazendo lá?
Pretendem asfaltar cento e vinte e poucos metros da rua, é um projeto aprovado
pelo Orçamento Participativo no Governo anterior. Então, vejam a
irresponsabilidade até onde chega: a rua não tem 300 metros, e aprovaram o
asfalto para menos de 50%. Imaginem o custo para se fazer parte de uma obra
dessas, imaginem a desconsideração com os demais moradores, considerando que
toda a volta da Rua Carlos Supertti está asfaltada.
E nós, atendendo a um pedido dos moradores da
região, buscamos junto ao Executivo solucionar esse problema, mas,
infelizmente, até o presente momento, não conseguimos nada de positivo. Em nome
do Orçamento Participativo, e eu já disse aqui nesta tribuna - eu tenho a minha
preocupação, alguns dizem que ela é excessiva - que o Orçamento Participativo,
com todo o respeito, é um engodo que
se criou aí e está-se mantendo... Particularmente, acho que é alguma coisa para
dar desculpa e protelar aquilo que precisa ser feito com urgência.
Queria
só fazer este registro: em volta da Rua Carlos Supertti, todas as ruas são
asfaltadas, e, de repente, resolvem asfaltar menos de 50% da Rua Carlos
Supertti, que não tem 300 metros de comprimento. Parece-me que, acima de tudo,
é uma irresponsabilidade, inclusive de quem autorizou a obra, de quem coordenou
essa decisão, que é uma decisão um tanto irresponsável, porque, no final, tenho
certeza de que o custo será maior.
O
Sr. Carlos Comassetto: V.
Exª permite um aparte?
O
SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: E
eu falo - Ver. Carlos Comassetto, já lhe dou a palavra - de uma decisão que
ocorreu no seu Governo. Tenha a bondade, Ver. Carlos Comassetto.
O
Sr. Carlos Comassetto: Ver.
Bernardino Vendruscolo, sobre o entendimento de como e onde fazer as obras do
Orçamento Participativo, obviamente que temos que entender o processo todo da
participação popular. Mas venho aqui referenciar a sua crítica ao Governo
Federal, sobre o meu pronunciamento em relação à Saúde. Quero dizer que - e até
consta nos espelhos da Casa - o Governo Federal repassa para o Município de
Porto Alegre o correspondente a 54% em relação à Saúde, e o Governo Municipal
arca com o restante. O Governo do Estado tem repassado zero, isso em 2005 e
2006 - o seu Governo, o Governo Rigotto! Portanto, quando fizer uma crítica ao
Governo Federal, relacione a mesma ao Governo do Estado. Agradeço-lhe o aparte.
O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Lamentavelmente, os senhores entregaram a
Administração do Município devendo para o Estado, no que diz respeito à
iluminação, e por aí nós vamos.
Agora,
se ficarmos debatendo isso, eu vou perder meu tempo aqui e tenho coisas sobre a
Cidade que considero mais importantes. Sinceramente, não tenho nenhuma
admiração pelo Governo do PT, acho que é perder tempo fazer críticas, acho que
as urnas trarão o resultado.
Mas
o Alvará Provisório, Ver. Ervino Besson, é necessário, essa atitude em relação
ao Alvará Provisório deverá se estender a outros departamentos, a outros
segmentos, porque há a necessidade de agirmos mais rápido nas decisões do
Município. E o Alvará Provisório se faz necessário dada a infinidade de imóveis
irregulares em Porto Alegre; enquanto o imóvel for irregular, por conseguinte
também não será regular o seu alvará. E é por isso que o Projeto foi e está
sendo importante para a Cidade.
Só
para finalizar, meu Presidente, eu também não entendo, Ver. João Antonio Dib,
por que em Porto Alegre nós encontramos sinaleiras debaixo de viadutos, paradas
de ônibus em cima de viadutos. Eu também tenho dificuldades para entender isso.
Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): O Ver. Mario Fraga está com a palavra em
Comunicações.
O SR. MARIO FRAGA: Ver. Luiz Braz, na presidência dos
trabalhos; Sras Vereadoras, Verª Neuza Canabarro, Srs. Vereadores,
estamos aqui para falar sobre a nossa Cidade, e eu vou agir como o Ver.
Bernardino: não vou conceder apartes, porque nós temos pouco tempo para falar,
em razão do acordo que foi feito entre as Lideranças, que estabeleceu cinco
minutos para cada Vereador.
Eu
quero responder em especial ao Ver. Carlos Comassetto, pois ele foi uma das
pessoas que até nos ajudou a melhorar a Saúde, principalmente na nossa região,
quando fez um levante, com a sua equipe, no bairro Belém Novo, tirando até
fotografias do posto de saúde.
Antes
disso, nós tivemos uma reunião com o Secretário Pedro Gus para falar sobre o
posto de saúde que funciona em Belém Novo há mais de dez anos, na Rua Florêncio
Farias, uma vez que o horário de atendimento era das 8 horas da manhã até às 18
horas. Porém, no nosso Governo, Ver. Bernardino, o Secretário Pedro Gus,
através da sua equipe e por intermédio do nosso companheiro, Dr. Tiago Duarte,
que é o Coordenador da Saúde na Zona Sul, conseguiu implementar um novo horário
de atendimento. E o Ver. Carlos Comassetto sabe - pois ele está sempre conosco
em Belém Novo - que o nosso posto de saúde passou a atender até às 22 horas,
Ver. Ervino, sendo que, nos 16 anos da Administração passada, o posto de saúde
só fazia o mutirão de inverno: somente em julho atendia até às 22 horas. E nós
estamos lá, desde abril, atendendo até às 22 horas, no Posto de Saúde Belém
Novo.
O
Ver. Carlos Comassetto falou da Saúde, mas, se nós formos agora, Ver.
Bernardino, no Hospital Conceição, nós encontraremos fila? Encontraremos fila.
Nós encontraremos fila no Hospital de Clínicas? Encontraremos fila. Isso é
responsabilidade do Governo Municipal? Não; é responsabilidade, sim, do Governo
Federal. Nós estamos lutando para tentar melhorar a situação da Saúde,
principalmente a situação dos idosos.
Ver.
Luiz Braz, eu não sou de criticar o nosso Governo, até porque faço parte do
grupo de Líderes do Governo Fogaça, mas, nesses últimos dias - até pelo período
de recesso, que nos privilegia, permitindo que estejamos mais próximos das
bases - nós estivemos juntos no fim da linha dos ônibus Belém Novo, Lami e
Restinga, na partida de Belém Novo, da Restinga, e na volta, nos terminais de
Av. Borges de Medeiros, Ver. Comassetto. Infelizmente, observamos que o nosso
transporte não melhorou.
Neste
momento, eu sou crítico e posso falar sobre isso, pois estive na semana passada
pela manhã, Ver. Carlos Comassetto, na Estrada do Lami, na parte da antiga
Febem até a Curva da Morte, Ver. Bernardino, e vi algumas pessoas que esperam o
ônibus, que vêm do Lami pela estrada velha e que não conseguiram entrar no
ônibus. Na parte da Estrada do Lami, os ônibus que saem do Lami, do São
Caetano, vêm completamente lotados, Ver. João Dib. E eu já havia feito um apelo
ao Secretário Luiz Afonso nesse sentido, mas infelizmente a situação não mudou.
Ainda não tive tempo de ir à EPTC, pretendo marcar uma hora com o Secretário e
falar diretamente com ele sobre esse assunto. Mas eu sou obrigado a falar disso
aqui da tribuna porque vi in loco o que está acontecendo com o transporte
coletivo da Zona Sul, que infelizmente não melhorou. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): O
Ver. João Antonio Dib está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr.
Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, com muita insistência
eu sempre afirmo que lei deve ser clara, precisa, concisa e respeitada. É
também com muita insistência que eu afirmo que nós não precisamos de mais leis;
em primeiro lugar, o legislador é o fiscal da legislação, e, depois, ele até
pode fazer leis.
No
dia 31 de maio, fiz um Requerimento para que a Comissão de Justiça analisasse o
Decreto de S. Exª o Sr. Prefeito José Fogaça, em relação ao salário dos
servidores, com data-base no mês de maio deste ano. Infelizmente, muito
infelizmente, eu digo que o Plenário não aceitou o Requerimento deste Vereador
para analisar a legalidade do Decreto de S. Exª o Sr. Prefeito Municipal. Eu
nunca vi acontecer um fato desses ao longo dos 35 anos em que estou nesta Casa,
nunca vi, mas aconteceu.
É claro que eu também conheço um pouco do Regimento
Interno, então, a Comissão de Justiça, querendo ou não, vai analisar o Decreto
do Prefeito, porque eu fiz, através da Comissão de Finanças, um Requerimento,
para que a Comissão de Justiça analise a legalidade do Decreto do Prefeito.
Isso não depende do Plenário e não depende também do Presidente, que, de plano,
tem que aprovar e encaminhar para a Comissão de Justiça, a qual, naquele dia,
eu chamei de incompetente e disse que deveria ser substituída. Tentaram até
usar a minha expressão, de um momento de irritação, de forma contrária.
Agora, o Prefeito, que tomara 2,09 dos
municipários, diz que vai dar os 2,09; agora, ele diz que depende de Projeto de
Lei a ser enviado à Câmara Municipal. E os 2,54, com aquela douta assessoria
que ele tem, também não precisava? De onde é que saiu esse número? A Lei n°
9.870 dizia o que era os 2,09 que foram pagos em janeiro, fevereiro, março e
abril, a lei dizia. Então, ele trouxe um número novo, que não era o IPCA,
portanto deveria ter mandado um Decreto? Não, ele deveria ter mandado um
Projeto de Lei à Câmara para aprovar os 2,54, porque, segundo ele, não havia
nada. Agora ele vai mandar um Projeto de Lei. Ele não precisa mandar, ele só
tem que pagar! Mas eu quero que a Comissão de Justiça fale, porque fazer leis é
muito fácil, é fácil botar um nome embaixo de um projeto de lei: lei do Fulano,
lei do Sicrano. O problema é acompanhar.
Eu não quero analisar os méritos das leis que aqui
são aprovadas. Mas, em julho de 1991, o Prefeito Olívio Dutra aprovou uma lei
aqui que retroagiu e tomou do bolso dos municipários o dinheiro a que eles
tinham direito; num ano de inflação intensa, enorme, com quatro dígitos, ele
tomou dinheiro do bolso dos municipários, retroagindo. Qualquer estudante de
Direito sabe que a lei só retroage para beneficiar. O Prefeito Tarso Fernando
Genro retroagiu uma liminar, em maio de 1995, e tomou do bolso dos municipários
7,8%. O Prefeito Olívio Dutra deu um prejuízo de 30% em relação ao poder
aquisitivo dos municipários. O Prefeito Tarso Genro, retroagindo uma liminar -
isso é inédito no mundo! -, tomou 7,8%; caiu a liminar, e ele não deu os 7,8%
de volta. O Prefeito João Verle,
em maio de 2003, também tomou o dinheiro dos municipários, apesar de naquele
momento haver condições de continuar pagando até o final do ano. O próprio
Tribunal de Contas, na análise das contas do Município, alertava que em nenhum
momento o índice provincial havia sido atingido, e poderia ter sido paga a
bimestralidade no ano de 2003.
Eu
trouxe o assunto à tribuna - eu era o Presidente desta Casa e, como tal, não
devia fazer sozinho -, porque entendi que a Casa devia acompanhar o
Requerimento que eu havia feito, o estudo que eu havia feito, aprovado na
Comissão de Justiça, para o qual depois um Vereador fez um Requerimento para
mandá-lo ao Tribunal de Contas. Eu era Presidente, aceitei o Requerimento, só
que nunca pediram para votar o Requerimento, e a coisa morreu.
Agora
eu quero que a Comissão de Justiça analise a legalidade, ou melhor, a
ilegalidade do Decreto de S. Exª o Sr. Prefeito Municipal. Ele estava
autorizado, sim, por lei, a fazer um Decreto colocando o IPCA, pela Lei nº
9.870. Então não tem problema agora. Eu quero que a douta Comissão de Justiça,
que eu pedi que fosse substituída, analise agora, a pedido da Comissão de
Finanças, o Decreto de S. Exª o Sr. Prefeito Municipal. E eu vou passar às mãos
de V. Exª, Presidente Luiz Braz, o documento que pede essa análise da Comissão
de Justiça, que agora eu sei que fará com todo o entusiasmo e com todo o
carinho. Saúde e PAZ!
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Agradeço,
Ver. João Dib. Nós solicitamos à nossa Diretoria Legislativa que tome as
providências para que esse documento que vem da Comissão de Finanças possa ser
endereçado para análise da Comissão de Justiça.
O
Ver. Elói Guimarães está com a palavra em Comunicações.
O
SR. ELÓI GUIMARÃES: Sr.
Presidente, Ver. Luiz Braz; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, nós -
e isto já foi comentado pelo eminente Ver. João Antonio Dib - nesta semana
participamos de um ato comemorativo ao cinqüentenário da Secretaria Municipal
dos Transportes. Secretaria que tivemos a oportunidade, num determinado
período, por um curto período, quando Prefeito era o Deputado Alceu Collares,
de lá prestar a nossa colaboração como Secretário. Nós construímos com os
funcionários um refeitório a custo zero para o Município, com recursos
amealhados de pessoas e instituições. Portanto, é uma Secretaria que comemora o
seu cinqüentenário com suas funções ampliadas com a EPTC, que tem a seu cargo
pesadas atribuições e responsabilidades quanto à mobilidade da Cidade. Um dos
aspectos mais relevantes de uma Cidade é exatamente a mobilidade, pela dinâmica
que envolve, pois as relações decorrentes da mobilidade são extremamente
complexas e requerem, do órgão gestor, uma atuação e uma atividade muito
intensa, sendo indispensável, permanentemente, a sua qualificação.
Mas
ontem, Sr. Presidente, Vereadores e Vereadoras, tivemos a oportunidade de
participar de um ato extremamente importante ligado à questão dos táxis, à
categoria dos taxistas de Porto Alegre, matéria sobre a qual já tínhamos,
inclusive, um Projeto pronto. Mas, conversando com a categoria, em especial com
a Cootaero - uma categoria de táxis especiais do Aeroporto -, com o Sindicato
dos Taxistas e com a Rodoviária, entendemos de colaborar, e o Prefeito concebeu
dois Decretos que estabelecem, substancialmente, o pré-pagamento e a utilização
de cartão, que há muito vinha sendo reclamado, postulado por essa categoria
importante que são os taxistas.
Portanto,
a partir de hoje, é possível pré-pagar a corrida, o taxista recebe uma pequena
nota onde constam o destino, o valor, etc. e tal. Por outro lado, a utilização
do cartão é boa para os viajantes, principalmente aos advindos do Aeroporto
Internacional Salgado Filho, por pessoas que não usam mais o dinheiro. Aos
poucos o dinheiro, o papel-moeda, está sendo substituído pelo cartão, pelo
cartão de crédito nas suas mais diferentes modalidades. Digamos que hoje o
instrumento cartão está concorrendo com o dinheiro. Hoje, aonde se vai, onde se
está, vê-se que são os cartões que estão substituindo o dinheiro, e,
certamente, muito em breve, esse módulo representativo - quer na moeda, quer no
papel - estará desaparecido.
Muitos
viajantes do Exterior e mesmo do País chegavam ao Aeroporto, queriam utilizar o
táxi, mas não traziam dinheiro, traziam cartões; então, havia toda essa
dificuldade. Agora há dois Decretos, para os quais nós colaboramos desde o
início da discussão com o setor - o Decreto nº 15.254, de 18-07-2006, e o
Decreto nº 15.255, de 18-07-2006 -, Decretos que estabelecem uma série de
normas a respeito da utilização do pré-pagamento e também do cartão. Isso
demarca um avanço e qualifica o sistema de táxi em Porto Alegre, seja o táxi
especial, seja o táxi comum, os quais, na minha opinião, prestam relevantes
serviços na cidade de Porto Alegre. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): O
Ver. Ervino Besson está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. ERVINO BESSON: Presidente-Vereador
Luiz Braz, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, pessoas que nos
assistem pelo Canal 16 e nas galerias aqui na Casa, quero saudar a todos.
Eu
falo neste momento no tempo de Liderança do meu Partido, o Partido Democrático
Trabalhista, em nome da minha Bancada, e quero citar também a presença aqui do
Ver. Mario Fraga e da Verª Neuza. É com muita honra que eu falo em nome do meu
Partido. Destaco, em nome da minha Bancada, o trabalho da equipe da TVCâmara
nesta Casa, a qualidade do trabalho. Tenho recebido muitos elogios de pessoas
que acompanham o nosso trabalho e o trabalho do Canal 16, principalmente o
programa que iniciou neste ano: “Câmara na Cidade”. É um trabalho de extrema
importância. Cada Vereador e Vereadora vai aos seus locais de trabalho, e,
através desse programa da TVCâmara, que acompanha os Vereadores, a população
pode acompanhar o trabalho que está sendo realizado. É muito importante que a
população acompanhe o trabalho dos seus legítimos representantes nesta Cidade e
que possa também dar as suas opiniões, o que é possível através da TVCâmara.
Faço
este registro e este elogio, com muito carinho, em nome da minha Bancada, a
toda a equipe da TVCâmara, que faz um trabalho de qualidade, com um visual de
qualidade! Acho que é um orgulho para nós, Vereadores, e - por que não? - para
a cidade de Porto Alegre! Portanto, parabéns à equipe da TVCâmara!
Um
outro registro que faço: apesar de o dia 1° de julho não ter amanhecido como
gostaríamos no Anfiteatro Pôr-do-Sol, com aquele sol brilhante, porque o nosso
Brasil perdeu para a França... Mas o que faltou? Faltou brasilidade para o
nosso povo, para os nossos jogadores. Faltou aquele comando, aquele comandante,
o Felipão, que colocasse na veia dos nossos jogadores a pátria, a brasilidade.
Faltou! O comandante é o responsável pelo sucesso de todos os segmentos da
nossa sociedade.
Mas
naquele fim de semana, no Anfiteatro Pôr-do-Sol, recuperamos um pouco o brilho,
naquele espaço tão belo, naquele espaço tão acolhedor. Pela primeira vez eu
estive lá, Ver. João Antonio Dib, naquele dia havia aproximadamente 28 mil
pessoas, foi onde conjunto Tchê Barbaridade lançou o primeiro DVD, um show filmado com a alegria daquelas
pessoas.
Eu
disse na minha primeira observação a respeito da força, da brasilidade dos
nossos jogadores da Seleção, e foi o que se viu lá com o conjunto Tchê
Barbaridade, que presenteou a Cidade, que conseguiu, com aquela vibração, com
aquele espírito, colocar alegria no coração de cada cidadão, de cada cidadã. E
estiveram lá presentes, como eu já disse, aproximadamente 30 mil, as pessoas se
recuperaram, um pouco, daquela tristeza do dia anterior, quando perdemos para a
França. O conjunto Tchê Barbaridade, pelo menos, recuperou o brilho naquele
espaço tão belo, naquela imagem tão bonita próximo ao rio Guaíba, no Anfiteatro
Pôr-do-Sol.
Faço
este registro para parabenizar e encerro, mais uma vez, saudando a nossa
querida equipe da TVCâmara, do Canal 16, e também o faço, no mesmo sentido, no
mesmo espírito, com muito carinho, em relação ao extraordinário conjunto Tchê
Barbaridade. Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): O
Ver. Carlos Comassetto está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. CARLOS COMASSETTO: Sr.
Presidente, Ver. Luiz Braz; colegas Vereadoras, colegas Vereadores, em nome do
Partido dos Trabalhadores, quero usar o período de Liderança, mas, primeiro,
faço um registro aqui. Neste momento está havendo um ato de protesto da
comunidade da Estrada Eduardo Prado em frente à Prefeitura Municipal. Fizemos,
Ver. Elói Guimarães, Presidente da CUTHAB, várias audiências na CUTHAB para
resolver o problema do assentamento daquela comunidade, que está sem resposta,
que usa o seu legítimo movimento de resistência de ir protestar em frente à
Administração Municipal. Estão lá aguardando que o Sr. Prefeito, José Fogaça,
os receba, porque, quando as Secretarias não funcionam como têm de funcionar ou
como se comprometem, o povo bate lá no Paço Municipal. A comunidade da Estrada
Eduardo Prado e as outras comunidades que já têm comprometimento legalmente
conquistado têm todo o nosso apoio para continuar na luta.
Faço
este registro para dizer que os temas da habitação e os comprometimentos feitos
pela atual Administração não vão bem, têm de ser qualificados, e estamos alerta
e ajudando a cobrar no sentido de que essa política se efetive, até porque há
muitos recursos do Governo Federal destinados para habitação, mas o Município
tem de fazer a sua parte.
Dito
isso, quero continuar o tema de que já falei aqui, o tema da Saúde Pública,
Ver. Bernardino. O Município de Porto Alegre não consegue qualificar e melhorar
a Saúde Pública por duas razões: uma, pela ótica da gestão municipal, que está
fechando postos de saúde para reformá-los, para estruturá-los sem levar em
consideração o problema social. A segunda razão é o fato de o Governo do Estado
não repassar os recursos constitucionais da Saúde para o Município, portanto o
Governo do PMDB hoje, Germano Rigotto, deve um bilhão para a Saúde Pública do
Rio Grande do Sul. Em 2005, 2006, passou zero para a Saúde de Porto Alegre.
Enquanto aqui a Saúde passar dificuldade, e nos nossos espelhos recebemos
diariamente... O Governo Federal tem contribuído com 64% dos custos para a
Saúde em Porto Alegre, o que é o seu compromisso. É pouco? Ainda é pouco, mas
cumpre constitucionalmente o que nós construímos como leis.
Eu
não poderia me furtar de dizer que, no tema da Saúde, o Governo Federal vem
investigando todos os desvios de recurso público. E quero falar aqui na CPI dos
Sanguessugas, ou seja, nas ambulâncias. Para quem não viu, hoje saiu a lista
dos Deputados envolvidos na CPI dos Sanguessugas, pessoas que desviam dinheiro
público da Saúde. A população tem que verificar essa lista e, na hora de
decidir o voto, deixar os sanguessugas fora. Alguns gaúchos que estão nesta
lista dizem: “Não tive a oportunidade de defesa”. Apresentem agora nas urnas,
no processo eleitoral, as suas defesas, porque a população irá julgá-los. O
resultado efetivamente dessa postura do Governo Federal de investigar... A
pesquisa que saiu hoje mostra a aceitação do Governo Federal, mostra que o
Governo Federal tem 59%, ele apresenta a melhor proposta para continuar na
gestão administrativa.
O
SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Ver.
Comassetto, eu pediria que V. Exª, dentro das regras que nós vivemos hoje, por
favor, não fizesse apologia do seu Partido, porque, como instituição, nós
podemos receber punição. Então, peço, por favor, que Vossa Excelência...
O
SR. CARLOS COMASSETTO: Ver.
Luiz Braz, quero que V. Exª garanta o meu tempo, porque sou responsável pelo
que falo nesta tribuna!
O
SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Não,
a instituição... Eu sou obrigado a cortar a sua fala então, Vereador, porque a
esta instituição vai ser responsabilizada, porque é uma Sessão que está sendo
transmitida, e nós temos um acordo, que é um acordo de todas as Lideranças. Eu
devolvo o tempo a V. Exª, mas peço que, por favor, V. Exª siga as regras que
não são nossas, são regras do Tribunal Regional Eleitoral.
O
SR. CARLOS COMASSETTO: Concluo,
seguindo as regras do Tribunal Superior Eleitoral. Hoje temos a lista dos
sanguessugas, uma matéria que sai apontando como deve se comportar um Governo quando
existe corrupção: deve mandar investigar, apurar, denunciar, fazer com que o
dinheiro público seja bem aplicado - e todo o dinheiro público, principalmente
no tema Saúde.
E
sobre a lista que está aqui quero fazer um registro: o meu Partido, o Partido
dos Trabalhadores, não tem nenhum nome acusado de desviar dinheiro público da
Saúde, ou seja, de roubar o dinheiro público. Que as urnas agora cassem os
ladrões do dinheiro público da Saúde do Município, do Estado e da União, porque
esse dinheiro bate em todas as esferas da União. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): A Verª Neuza Canabarro está com a palavra em Comunicações.
A
SRA. NEUZA CANABARRO: Exmo
Sr. Presidente, Ver. Luiz Braz; Srs. Vereadores, público presente, nesta manhã,
aqui na Câmara Municipal, nós estamos em recesso, e eu compareço a esta Reunião
Representativa até para registrar a posição desta Vereadora diante dos fatos
que nós estamos assistindo sobre o Pacto pelo Rio Grande do Sul.
Em
primeiro lugar, pacto quer dizer o quê? É quando todas as partes envolvidas
concordam com uma proposta; e não é o que está ocorrendo. Esse Pacto não tem o
consentimento, a participação do Judiciário, dos funcionários, que são parcelas
importantes nesse grupo que está à frente do Estado do Rio Grande do Sul. Na
realidade, Ver. Bernardino Vendruscolo, que é do PMDB, meu particular amigo,
esse Pacto nada mais é do que uma forma de justificar a incompetência do
Governador Germano Rigotto, que passou quatro anos administrando o que tinha,
sem fazer investimentos e sem saldar a dívida com o funcionário público
estadual, sem aumento.
Nós
estamos em uma situação em que o Governador passou os quatro anos de “salto
alto”, como a nossa Seleção Brasileira. Nós queríamos que ganhasse o jogo, que
nos trouxesse a taça, mas entraram lá arrumando a meia, arrumando o cabelo, e
perdemos toda uma Copa, uma enorme frustração! Nós não podemos ter um
Governador que assume o Governo do Estado e que não quer suar, que não quer se
escabelar e não quer ser lesionado. Quem assume uma missão dessas tem de sair
lesionado, machucado, mas com a vitória estampada na face.
E
esse Pacto agride, em primeiro lugar, o Judiciário, a autonomia dos Poderes.
Segundo, engessa o Governador eleito. E por que os Deputados assinaram esse
Pacto? O Relator da LDO, que é o Deputado Estadual Kalil Sehbe, do nosso
Partido, diz na sua inicial: “É inconstitucional”. E isso não foi atendido.
Nesta Câmara, eu tenho procurado me guiar principalmente pelo Ver. João Antonio
Dib, que defende o quê? A observância das leis. Não adianta legislar se nós não
respeitarmos as leis. Quantas e quantas leis municipais estão aí, de excelente
qualidade? E ninguém olha, ninguém vê. Parece até alguém que está lá em cima:
“Não vi, não sei e não me falem”; isso só quem fazia era aquela figura do
Pateta, ninguém mais, não sabia nada, alienado. Agora, o Pacto é um embuste
para a população! Nós não podemos eleger um Governador do Estado que fique
amarrado e que, durante quatro anos, não possa reajustar o salário dos
servidores. De que forma ele vai poder fazer investimentos? Não há condições, e
não pode entrar no Poder Judiciário. Então, essa agressão ao Poder Judiciário
também tem de ser revista.
E
por que está sendo assinado esse Pacto, Ver. Raul Carrion? Unicamente porque
acham que é aquilo que a mídia está querendo, ou aquilo que o povo está
querendo ouvir. Nós não podemos ter uma política virtual: o político fala na
campanha o que o povo quer ouvir e, quando assume, faz o que bem entende. Nós temos
de ter política séria; não se faz aquilo que é possível fazer. Nós temos de
honrar o voto, aquele mandato que nos foi delegado pelo povo, e honrar esse
voto é fazer com que as leis sejam cumpridas.
Por
essa razão, Ver. João Antonio Dib, eu estou sempre ao seu lado, na firmeza de
que nós temos a obrigação de fiscalizar a legislação, aquilo que é legal.
Eu
lia um manifesto dos municipários que dizia: “A Verª Neuza quer ser odiada
pelos municipários, porque quer tirar o vale-refeição, o vale-transporte”. Eu
não quero tirar vale-transporte e vale-refeição; a lei diz que, para quem tiver
mais de 30 dias de licença, isso tem de ser retirado. E uma questão, é um
problema de gestão; o Administrador é que tem de retirar, porque, senão, ocorre
o quê? A verdadeira sangria do dinheiro público, e aí faltam recursos para a
Habitação, faltam recursos para a calamidade, faltam recursos para o salário
dos funcionários. Muito obrigada.
(Não
revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): O Ver. Raul Carrion está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR. RAUL CARRION: Exmo Ver. Luiz Braz, que preside os trabalhos nesta
manhã; demais Vereadores, Vereadoras, todos que nos assistem, em primeiro lugar
eu gostaria de tratar de um tema que inúmeras vezes abordamos aqui desta
tribuna e que, como membro do Conselho Nacional das Cidades, Ver. Elói, temos
procurado trabalhar em Brasília. Trata-se do problema do barateamento das
tarifas do transporte coletivo e, mais precisamente, da tarifa de ônibus, que é
um problema que vem crescendo. O IBGE detecta mais de cinqüenta milhões de
brasileiros que se movimentam a pé, ou seja, não usam o transporte coletivo, e
a imensa maioria por questão do custo crescente.
Sabemos
que foram retirados, ao longo desses anos, no período neoliberal, subsídios ao diesel e outros abatimentos nos insumos,
o que fez com que o crescimento da tarifa do ônibus tenha sido, nestes últimos
anos, muito superior à inflação.
Lá
no Conselho e no Comitê Técnico de Transporte, trabalhávamos a idéia do
subsídio ao diesel, da mudança que
poderia ser feita para que as contribuições sociais não fossem mais a folha de
pagamento, mas o faturamento das empresas, porque, no transporte coletivo, há
uma folha de pagamento muito elevada, e trabalhávamos outras medidas de
desoneração tributária nos Municípios, nos Estados e assim por diante.
Ultimamente
a discussão evoluiu, e o Ministério das Cidades deu uma recente notícia no
sentido de que se iniciasse um barateamento de 10% nas passagens a partir de
subsídio federal, municipal e estadual, pensa-se que 5% será o aporte federal,
3% o aporte estadual e 2% o aporte municipal. Nós saudamos o fato de que essa
discussão esteja evoluindo, e, segundo o próprio Ministro, espera-se para breve
a conclusão dos estudos, e a implementação dependerá do fato de os três níveis
de Governo acordarem esse encaminhamento.
A
segunda questão é também saudar como positiva a geração de 5,4 milhões de
empregos formais, de 2000 a 2005, com o principal aporte a partir de 2003, no
qual já contabilizamos quatro milhões de empregos. Isso contrasta com o período
anterior, de 1996 a 1999, quando, ao invés de aumento, houve uma redução de um
milhão. Então, compare-se: primeiro, há uma redução de um milhão e, agora, um
aumento de 5,4 milhões de empregos. O que está, sem dúvida, na base do
apoiamento ao atual Governo por grande parte da população.
Queríamos
aqui nos referir, Ver. Mario Fraga e Verª Maristela Maffei, à importante
vitória na eleição sindical dos metalúrgicos de Volta Redonda, que abrange mais
de 40 mil trabalhadores de Barra Mansa, Resende, Quatis, Itatiaia, Porto Real e
Pinheiral, pela Chapa da Corrente Sindical Classista - CSC -, que é
hegemonizada pelos comunistas, que venceu a recente eleição, tendo à frente o
cipeiro Renato Soares, da Companhia Siderúrgica Nacional - CSN -, que, por
quatro anos, irá dirigir o Sindicato. Venceu uma chapa da Força Sindical e uma
outra chapa apoiada pela CUT estadual, tendo à frente a Corrente Sindical.
Quero
dizer também que, há 11 dias, no dia 3 de julho, outra chapa encabeçada pela
Corrente Sindical Classista assumiu o maior sindicato têxtil da América Latina,
o Sindicato de Blumenau e Região, entidade com 22 mil sócios, com uma base de
35 mil trabalhadores e que terá como presidente uma sindicalista do PCdoB,
Vivian Bertoldi, e também o novo Secretário-Geral.
São
importantes eleições sindicais, em que a Corrente Sindical Classista, que é a
segunda força da CUT, mostra os seus grandes avanços. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): O Ver. Elói Guimarães está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR. ELÓI GUIMARÃES: Ver. Luiz Braz, Presidente dos trabalhos;
Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, a observância da lei, a
observância da legalidade se nos afigura, e nem poderia ser diferente,
igualdade no Estado Democrático de Direito. Por isso a lei concebida pelas
instituições democráticas tem de ser observada, sob pena de criarmos, quando
não a cumprimos, um privilégio. Portanto o Estado Democrático de Direitos e a própria
legalidade nos impõem, exatamente, o cumprimento da lei.
Se
discordamos da lei, se discordamos do Estado Democrático de Direito, que
façamos outro no Estado, mas somos forçados, todos, em sociedade, a cumprir
exatamente o que a lei estabelece. E toda a infringência a esse Estatuto que
regra a vida e os interesses das pessoas, toda a infringência representa um
privilégio injustificável sob qualquer aspecto; e a sua infringência deve
determinar, exatamente, a correspondente penalização, até para estabelecer a
igualdade de todos perante a vida, de todos perante a lei, de todos perante a
sociedade.
Mas
vivemos a era das comunicações, a era da transparência; então, faz-se
necessário que, neste período pré-eleitoral, tomemos todos os cuidados, Sr.
Presidente, para que não infrinjamos a lei e não criemos situações para que se
tenha de responder à infringência de disposições concebidas pelas resoluções e,
de resto, pela lei, estabelecidas pelos Tribunais Eleitorais. Então, quando se
vem à tribuna, é preciso que se tenha exatamente esses cuidados por várias
razões, até, também, pela permanência deste Canal, o Canal 16 - TVCâmara. Nós
precisamos mantê-lo durante todo esse período pré-eleitoral observando as
normas, sob pena de sofrermos prejuízos, inclusive à informação da Casa.
Lembro que, no ano passado, fui Presidente da Casa,
e nós nos reunimos com o Presidente do Tribunal Regional Eleitoral e tratamos
desses assuntos. Depois, em reuniões com a Casa e com os Vereadores,
estabelecemos aqueles balizamentos e aqueles parâmetros dentro dos quais nós
podemos proceder, porque, se infringirmos, estaremos, primeiro, sendo
privilegiados, o privilégio de fazer denúncias; em segundo lugar, infringindo e
colocando em risco exatamente a cobertura excelente que faz o Canal 16, a
TVCâmara, dos trabalhos legislativos e do andamento da Casa nos interesses da
Cidade.
Portanto, parece-me que esse entendimento tem que
ficar assente entre nós, de que nós não temos alternativa senão cumprir a lei,
porque, quando a descumprimos, nós, além da infração, que está sujeita à
penalidade, estamos sendo privilegiados. Obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mario Fraga): Obrigado, Ver.
Elói Guimarães. Saudamos a presença, nesta Casa, do colega Anoir de Fraga
Souza, ex-Diretor da Sociedade Esportiva Cachoeirinha, que está nos fazendo uma
visita.
O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, sempre que se vem à tribuna, deve-se,
evidentemente, tomar cuidado com o que se vai falar. E aqui eu puxo, primeiro,
o discurso da Verª Neuza Canabarro, por quem também tenho uma admiração muito
grande, quero retribuir o registro que ela fez aqui nesta tribuna, tenho admiração
pelo seu trabalho, só que - como tudo na vida - nós temos que ter
responsabilidade sobre o que falamos.
O
PDT fez parte do Governo Rigotto durante toda a Legislatura, dessa sorte que
nós não podemos admitir que venha agora fazer criticas ao Governo do qual faz
parte. E eu me pergunto: como é que nós vamos nos comportar no 2º turno? E acho
que fazer crítica também ao Pacto que o Estado do Rio Grande do Sul dá como
exemplo ao Brasil sem apresentar algo de concreto, fazer a crítica simplesmente
pela crítica, é algo que, no passado, passava livre, passava em branco na
cabeça do eleitor, mas hoje não. Quando o eleitor for analisar uma proposta
para saber em quem votar, tenho certeza absoluta de que vai fazer uma análise
com mais profundidade, com mais responsabilidade.
Parece-me
que, ao longo dos anos, as coisas aconteceram mais no ímpeto, no discurso
bonito, no populismo, mas com todos os problemas que nós estamos enfrentando,
que o Brasil vem enfrentando, nós não podemos negar que vai haver e está
acontecendo um amadurecimento político, um amadurecimento na cabeça de cada
eleitor, da responsabilidade, do valor que tem e terá o voto. Dizer que vai
fazer isso ou aquilo sem dizer de onde vai tirar os recursos é um discurso do
passado. Fazer críticas a um Governo do qual faz parte e nunca fez crítica é um
tanto irresponsável.
Por
outro lado, o Ver. Comassetto disse desta tribuna, citando um exemplo do seu
Governo, quanto ao rigor com as falcatruas que vêm acontecendo no País, e o
Vereador mostrou os jornais, que trazem uma lista de cinqüenta e tantos
Parlamentares que estão sendo investigados. Vejam bem, eu não vou fazer
discurso em defesa desses Parlamentares, eu vou fazer um discurso da
irresponsabilidade da lista, porque, se está sendo investigado - basta ler a
matéria, está sendo investigado -, é cedo para se fazer críticas ou acusações
com mais profundidade, essas pessoas só estão sendo investigadas. Que bom que
estão sendo investigadas!
Agora,
sairmos falando de alguém que é investigado é muita irresponsabilidade. Quando
alguém apresenta uma lista de cinqüenta e tantos Parlamentares que são
acusados, e quem fala faz parte de um Partido grande e cita que do seu Partido
não tem nenhum nome, então eu me preocupo quanto à seriedade dessa lista, muito
menos do PT, com todo o respeito, com todo o respeito. Nessa lista, há duas
irresponsabilidades: primeiro, a sua publicação e exploração precipitadamente;
segundo, não tem nenhum integrante do PT. Então nós precisamos deixar acontecer
primeiro para depois virmos a esta tribuna fazer críticas, como os Vereadores
estão fazendo aqui, para mim de forma irresponsável.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Mario Fraga): Obrigado,
Ver. Bernardino Vendruscolo. Não há mais Vereadores inscritos. Estão encerrados
os trabalhos da presente Reunião Ordinária.
(Encerra-se a Reunião Ordinária às
11h23min.)
* * * * *